quarta-feira, 21 de outubro de 2020

O empreendedorismo





O QUE É O EMPREENDEDORISMO?

Os empreendedores são pessoas diferentes: são pessoas com uma visão muito própria da vida. Ainda assim, se olharmos bem à nossa volta, veremos que existem empreendedores em todos os quadrantes da nossa sociedade.
O maior grupo de empreendedores é claramente o dos micro e pequenos empresários, que são os proprietários de estabelecimentos comerciais e prestadores dos mais variados tipos de serviços. Neste grupo, encontramos os proprietários de lojas, restaurantes, lavandarias, quiosques, entre muitas outras formas de comércio. Encontramos também os profissionais liberais, grupo composto por advogados, contabilistas, arquitectos, dentistas, desenhadores, escritores e todos aqueles que dominam uma profissão, com menor ou maior grau de complexidade técnica, envolvendo mais ou menos recursos materiais necessários à execução do serviço que prestam.
Este é o grupo dos sobreviventes. Dos que deram a volta ao desemprego e não emigraram. Apostaram uma boa parte das suas poupanças no arranque do seu negócio ou na sua formação profissional e conseguiram. Por cada um que consegue, dezenas vão à falência.
Com algumas excepções honrosas, o grupo dos micro e pequenos vive numa luta diária, equilibrando as contas e procurando expandir a sua actividade comercial ou profissional a grande custo. Deste grupo, todos dependemos. Sem ele, a nossa vida seria impossível e por isso devemos agradecer o seu esforço e iniciativa, todos os dias. Muitas empresas notáveis começaram a partir deste grupo.
A elite do empreendedorismo da nossa sociedade, no entanto, é a que se situa nas grandes empresas. São os empreendedores que dispensam apresentações. De grande coragem e inteligência, estes empreendedores fazem toda a diferença nos indicadores económicos de qualquer país. Dão emprego a milhares de profissionais, geram riqueza e aproveitam rapidamente as oportunidades. Além disso, o seu poder estende-se muito além das empresas que lideram, tendo grande influência na sociedade em que vivem, influenciando comportamentos e transmitindo conhecimento valioso.
Fora do meio empresarial também é frequente encontrarmos empreendedores. Na cultura, no desporto, nas organizações sem fins lucrativos e até na função pública, surgem, por vezes, personalidades que fazem toda a diferença. Pela capacidade de inovar e pelos resultados notáveis que alcançam, estes empreendedores oferecem-nos melhor qualidade de vida quer seja através de serviços públicos de grande nível, quer através da arte e do entretenimento.
Como definimos então o empreendedorismo? O que é que estas mulheres e homens têm de especial que as torna capazes de desenvolver organizações e mesmo países, criando riqueza e melhorando a vida de todos nós?
Cremos que a melhor definição do empreendedorismo passa por caracterizar uma atitude perante o risco. Como mencionamos na introdução deste artigo, os empreendedores têm uma visão muito própria da vida, são um grupo de pessoas que aceita o risco como um elemento necessário para atingir os seus objectivos.
Sendo uma característica distintiva dos empreendedores, a tolerância ao risco pode ter diferentes motivações. Dependendo da origem social e da personalidade de cada um, os empreendedores aceitam o risco em função das oportunidades que encontram no mercado. Não é muito difícil de compreender que uma grande parte dos micro e pequenos empresários opta por se lançar num negócio próprio por falta de oportunidades de emprego. Não admira por isso que alguns dos países com maiores proporções de trabalhadores por conta própria sejam aqueles com maiores níveis de informalidade económica, factor que afugenta as grandes multinacionais.
Outros, porém, seguem esta via através de uma motivação diferente. É o seu desejo de liberdade que os motiva a arriscar e seguir em frente com as suas ideias. Nestes empreendedores vemos agentes de mudança, pessoas que não se conformam e querem fazer a diferença. A convicção nas suas ideias e o desejo de não depender de um patrão justificam o risco.
O risco envolvido na implementação de qualquer tipo de projecto (ainda que de pequena dimensão) é real e justifica que se diga que o empreendedorismo não é para todos. A muitos pequenos empresários falta a experiência para avaliar acertadamente o risco. Ainda que dominem uma determinada técnica, profissão ou franja do mercado, isso não é suficiente para perceber o que funciona e o que não funciona. O resultado é que acabam por empatar uma quantia significativa das suas poupanças pessoais num restaurante ou numa loja e passar muitos anos a recuperar as dívidas entretanto contraídas. É um drama que explica os mais de 80% de falências das empresas com menos de dois anos de existência.
A capacidade para avaliar o risco num determinado negócio consegue-se sobretudo através da experiência. Cremos que a experiência é insubstituível, embora a formação académica possa dar uma grande ajuda. Ora, a experiência requer uma grande dose de persistência (outro elemento que define bem o empreendedorismo) para tentar e errar, tentar e errar - as vezes necessárias para adquirir experiência. Mais fácil é dizer do que fazer para manter a estabilidade emocional e financeira.
Os empreendedores bem sucedidos assumem riscos calculados e conseguem reduzir substancialmente o nível de risco analisando cuidadosamente os modelos de negócios, o sector e o mercado antes de avançar. Se o leitor optar pelo caminho do empreendedorismo, terá não só que ter boas ideias, mas também de ser capaz de executá-las com eficácia; terá de possuir a tenacidade suficiente para enfrentar os obstáculos e decidir apenas quando todos os factores lhe forem favoráveis.
O empreendedorismo é uma atitude. E enquanto muitos acreditam que vale a pena correr o risco de largar tudo e começar imediatamente a trabalhar nos seus próprios projectos, convém perguntar-se a si mesmo algumas perguntas antes de embarcar na aventura de começar uma empresa:


  • Quem são os meus clientes?
  • Onde estão eles?
  • A que preço vão comprar o meu produto ou serviço?
  • Que quantidades estão dispostos a comprar?
  • Qual é o papel que o meu produto vai desempenhar na vida dos meus clientes?
  • Quem são os meus concorrentes?
  • Como é que o meu produto ou serviço é diferente do dos meus concorrente


Além do risco, o empreendedorismo passa pelo entusiasmo, pela capacidade de animar e contagiar outras pessoas, comprometendo-as verdadeiramente com a sua visão.
Richard Branson, um dos empresários mais extravagantes (e bem-sucedidos) do mundo ensina-nos muito sobre esta atitude: "Um negócio tem que ser cativante, tem que ser divertido, e tem que estimular o seu instinto criativo." A não ser que a sua ideia inspire as outras pessoas, não será capaz de gerar a energia, a força de vontade e o apoio necessários para ir avante.
Outro aspecto que caracteriza o empreendedorismo é a capacidade para gerir recursos escassos. Como todos os novos empreendedores sabem, não é sempre possível contratar o pessoal necessário, os melhores computadores ou instalações de luxo - sobretudo nas fases iniciais. O empreendedor tem que usar muitos chapéus diferentes e fazer praticamente tudo por si mesmo, se necessário. Além disso, gasta-se muito tempo na resolução de problemas técnicos e operacionais, por vezes totalmente inesperados. Ter alguma capacidade de improviso, acredite, é fundamental; aliás, basta perguntar a qualquer proprietário de um restaurante.
Como vimos, não há limites quanto ao tipo de negócio que se pode começar. As possibilidades são tão ilimitadas como as ideias. Qualquer sector pode ser o sector ideal para começar uma nova empresa: serviços, comércio a retalho, construção, financeiro, seguros, transportes, indústria ou mesmo as áreas relacionadas com as indústrias criativas como a arte, o espectáculo e o design, entre muitos outros sectores. O tipo certo de negócio a começar é o que lhe for mais apelativo, o que tiver mais a ver consigo, com os seus gostos e personalidade.


PERFIL DO EMPREENDEDOR:

Criatividade e capacidade de persuasão - Os empreendedores possuem fortes competências de venda e são persuasivos e persistentes. No início, os empreendedores bem sucedidos dependem muito das suas capacidades comerciais e da sua rede de contactos;

Persistência - Para não desistir e implementar as suas ideias;

Motivação - Nos negócios, as probabilidades estão sempre contra quem rema contra a corrente. É necessário persistência quando as pessoas à nossa volta já contam com o fracasso e estar no controlo do nosso próprio destino, assumindo a responsabilidade de nos auto-motivarmos;

Sorte - Os empreendedores criam a sua própria sorte pelo facto de serem responsáveis pelas suas próprias acções, aprendem com os erros - um erro é uma oportunidade para aprender e persistir. Os criadores de sorte não desistem nem adiam. Quando um problema surge, agem imediatamente, resolvendo-o sem demora ou delegando a responsabilidade da sua resolução.Visão: ter capacidade para descobrir nichos de mercado - Não ser "tudo para toda a gente", ser capaz de oferecer um produto ou serviço aos clientes sem comparação no mercado.

Preparação - Como Abraham Lincoln disse: "Dêem-me seis horas para abater uma árvore e eu vou passar as primeiras quatro a afiar o machado".


Para saber mais:





























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