quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Desenvolvimento sustentável: uma utopia?



Como surgiu o conceito de desenvolvimento sustentável

O termo desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez, em 1983, por ocasião da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU. Presidida pela então primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brudtland, essa comissão propôs que o desenvolvimento económico  fosse integrado na questão ambiental, estabelecendo-se, assim, o conceito de “desenvolvimento sustentável”.

Os trabalhos foram concluídos em 1987, com a apresentação de um diagnóstico dos problemas globais ambientais, conhecido como “Relatório Brundtland”. Na Eco-92 (Rio-92), essa nova forma de desenvolvimento foi amplamente difundida e aceite, e o termo ganhou força. Nessa reunião, foram assinados a Agenda 21 e um conjunto amplo de documentos e tratados cobrindo a biodiversidade, o clima, as florestas, a desertificação e o acesso aos recursos naturais do planeta e ao seu uso.

O que significa
Desenvolvimento sustentável significa:

“Satisfazer as necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações em prover suas próprias demandas.”

Isso quer dizer: usar os recursos naturais com respeito ao próximo e ao meio ambiente. Preservar os bens naturais e à dignidade humana. É o desenvolvimento que não esgota os recursos, conciliando crescimento econômico e preservação da natureza.

Dados divulgados pela ONU revelam que se todos os habitantes da Terra passassem a consumir como os americanos, precisaríamos de mais 2,5 planetas como o nosso. Estamos usando muito mais os recursos naturais do que a natureza consegue repor. Em muito pouco tempo, se continuarmos nesse ritmo, não teremos água nem energia suficiente para atender às nossas necessidades. Cientistas prevêem que os conflitos serão, no futuro, decorrentes da escassez dos bens naturais.

Como atingir o desenvolvimento sustentável
A primeira etapa para conquistar o desenvolvimento sustentável é reconhecer que os recursos naturais são finitos. Usar os bens naturais, com critério e planejamento. A partir daí, traçar um novo modelo de desenvolvimento econômico para a humanidade.

Confunde-se muito desenvolvimento com crescimento econômico. São coisas distintas:

- desenvolvimento que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais, que as atividades econômicas são incentivadas em detrimento ao esgotamento dos recursos naturais do país, é involução. É insustentável e está fadado ao insucesso.
- Desenvolvimento sustentável está relacionado à qualidade, ao invés da quantidade, com a redução de matéria-prima e produtos. Implica em mudanças nos padrões de consumo e do nível de conscientização.

Consumo sustentável
É um modo de consumir capaz de garantir não só a satisfação das necessidades das gerações atuais, como também das futuras gerações. Isso significa optar pelo consumo de bens produzidos com tecnologia e materiais menos ofensivos ao meio ambiente, utilização racional dos bens de consumo, evitando-se o desperdício e o excesso e ainda, após o consumo, cuidar para que os eventuais resíduos não provoquem degradação ao meio ambiente. Principalmente: ações no sentido de rever padrões insustentáveis de consumo e minorar as desigualdades sociais.

Adotar a prática dos três 'erres': o primeiro R, de REDUÇÃO, que se recomenda evitar adquirir produtos desnecessários; o segundo R, de REUTILIZAÇÃO, que sugere que se reaproveite embalagens, plásticos e vidros, por exemplo; por fim, o terceiro e último R, de RECICLAGEM, que orienta separar o que pode ser transformado em outro produto ou, então, em produto semelhante.
Tereza Mendes
http://www.infoescola.com/geografia/desenvolvimento-sustentavel/

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Je Suis Charlie


Bill Gates bebeu água destilada de fezes humanas e quer pôr os países pobres a fazer o mesmo

Fundador da Microsoft investe em empresa que tem um sistema de transformação de dejectos humanos em água e electricidade.





Bill Gates está impressionado e entusiasmado com um dos últimos copos com água que bebeu e que saiu do Omniprocessor, um sistema que transforma as fezes humanas em água “deliciosa” e “segura”, segundo o fundador da Microsoft. O sistema desenvolvido por uma empresa de engenharia de Seattle prepara-se para pôr em prática um projecto-piloto no Senegal, mas Gates acredita que esta alternativa à produção de água será útil para todos. Afinal, o “lixo de um homem é o tesouro de outro”.

Os três últimos posts de Bill Gates na sua página no Facebook são sobre o Omniprocessor, criado pela Janicki Bioenergy, e que o norte-americano quis experimentar no âmbito dos projectos de saneamento em países subdesenvolvidos que cria com a sua fundação, a Bill and Melinda Gates Foundation. O sistema funciona através de numa estrutura semelhante a qualquer outra numa unidade fabril, com a diferença de que o produto final é água e também electricidade.

Segundo a descrição nos vídeos publicados no Facebook, o Omniprocessor começa por ferver o conteúdo dos esgotos. Durante este processo, o vapor da água é separado dos sólidos, que são queimados, produzindo igualmente vapor que é depois utilizado para alimentar um engenho que produz electricidade para alimentar o próprio sistema e a comunidade local onde estiver inserido.A água que resulta do vapor do conteúdo dos esgotos passa por um sistema de limpeza e purificação, do qual sai um “copo com deliciosa água para beber”, segundo Gates. “A água sabia tão bem como qualquer outra engarrafada que tenha bebido. E, tendo estudado a engenharia por trás disto, ficaria contente se a pudesse beber todos os dias. É tão segura quanto isso”, escreve o filantropo.

O Omniprocessor tem capacidade para tratar os dejectos de 100 mil pessoas, produzindo 86 mil litros de água por dia e uma rede de abastecimento de electricidade de 250 kw.

“E por que é que alguém queria transformar lixo em água potável e electricidade?”, questiona Gates. A resposta é baseada em estatísticas: “Porque um número chocante de pessoas, pelo menos dois mil milhões, usa latrinas que não são devidamente drenadas. Outras simplesmente defecam a céu aberto. O lixo contamina a água potável para milhões de pessoas, com consequências terríveis: doenças causadas pela falta de saneamento matam cerca de 700.000 crianças por ano e impedem muitas mais de se desenvolverem totalmente mental e fisicamente.”

Gates sublinha que a solução não passa pelo saneamento básico aplicado nos países desenvolvidos, porque nos países pobres não há capacidade para criar infra-estruturas como as ocidentais e os custos de abastecimento eléctrico seriam insustentáveis. Tornou-se um hábito nesses países recolher os dejectos das latrinas e despejá-los nos rios ou lençóis de água mais próximos ou num unidade de tratamento de lixo que não o faz de forma eficaz.

Segundo Gates, a Janicki Bioenergy visitou países africanos e a Índia para se inteirar das dificuldades locais no acesso a água potável e no tratamento dos dejectos humanos. A empresa vai iniciar em breve um projecto-piloto em Dacar, no Senegal, onde será instalado um Omniprocessor. Além da ajuda às populações locais, o fundador da Microsoft acredita que o sistema irá contribuir para o crescimento da economia. “O nosso objectivo é fazer com que os processadores sejam suficientemente baratos para que os empresários dos países de baixos e médios rendimentos queiram investir neles e, em seguida, iniciar um negócio de tratamento de resíduos rentáveis.”

Gates argumenta que o Omniprocessor não iria apenas manter dejectos humanos fora da água potável mas ainda “transformar resíduos numa mercadoria com valor real no mercado”. “É o maior exemplo de uma velha expressão: o lixo de um homem é o tesouro de outro.”

O desporto e o desenvolvimento sustentável










As actividades desportivas fazem parte intrínseca da evolução das sociedades humanas, sendo transversais a todas as culturas e épocas históricas. As actividades desportivas assumem um peso relevante nas sociedades do Séc. XXI decorrente do reconhecimento universal de que estas podem potenciar inúmeros efeitos positivos: 

  • incremento de factores de ordem social e cultural como a socialização e o lazer e bem estar;
  • trabalho em equipe;
  • concentração e focalização em atingir objectivos;
  • a promoção de actividades económicas associadas como seja a industria do Turismo;
  •  a dinamização da investigação e desenvolvimento do conhecimento, por exemplo na produção de equipamentos especializados.

Hoje em dia, o ciclo de vida das actividades directa e indirectamente associadas à prática desportiva deverá integrar o conceito de “desenvolvimento sustentável” e “protecção ambiental” obrigando a efectuar a análise dos seus potenciais impactes ambientais. 

A indústria do Desporto (necessária para suporte da prática desportiva) contribui para a causa (resíduos, poluição das águas, aquecimento global) e ao mesmo tempo sofre as consequências das alterações induzidas. 

http://portal.ual.pt/portal/Main?Portal=1561

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Actualmente é frequente ouvir falar em desenvolvimento sustentável. Mas o que será isto no contexto desportivo?

Na Carta Europeia do Desporto (1993), no seu artigo 10º, são relacionados os dois conceitos, o Desporto e o Desenvolvimento Sustentável, contudo as estratégias e as políticas previstas não contemplam de forma clara esta perspectiva, pois apesar de o desporto se começar a mostrar como uma actividade económica importante ainda é tratado de forma marginal, em especial por alguns países da União Europeia.

Como poderemos nós, Portugal, comparar-nos com um Reino Unido ou uma China, quando estes países desenvolvem estratégias e projectos a longo prazo, que incluem o processo de candidatura e organização de Jogos Olímpicos e Jogos Paralímpicos, criam políticas para 20 anos (caso do Reino Unido), aumentam consideravelmente os apoios políticos e o investimento financeiro nos trabalhos de estudo e investigação científica de todas as áreas desportivas intervenientes no processo, desde a gestão de instalações, a selecção e treino de atletas, a preparação psicológica, a prevenção e o tratamento de lesões, entre outras (caso da China na preparação e organização dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008)?

A importância dada ao desporto é justificada pelos estudos económicos sólidos que envolvem as actividades económicas, directas e indirectas, com ele relacionadas, não só a nível do desporto de elite e espectáculo, mas particularmente com o desporto de massas, de lazer ou de recreação (ou outra denominação que lhe queiram dar).

Em Portugal a variedade de termos e conceitos utilizados gera distintas interpretações que impossibilitam e condicionam as políticas actuais do Governo, transmitindo ideias distintas, contraditórias e desajustadas da realidade e que em pouco ou nada contribuem para o desenvolvimento sustentável desportivo português.

Então como poderemos nós fazer crescer e desenvolver o nosso desporto se não temos conceitos uniformes, dados e instrumentos para tomar decisões concretas e sustentadas?

Poderemos socorrer-nos de alguns exemplos europeus e asiáticos que definiram e perceberam o desporto como um bem essencial e um “produto” que pode ser potenciado pelos seus efeitos psicológicos, físicos e mediáticos, e que gera receitas significativas para a economia de um país.

As actuais necessidades das sociedades resultam de algumas mudanças nas teorias económicas mundiais. O desporto não é excepção. Pois todas as alterações verificadas ao nível do desporto sofrem influências económicas, não só na perspectiva monetária, mas também na perspectiva social e cultural.

Estando num período de mudança acelerada e ampla, como o actual, com um alargamento das práticas desportivas, com o aumento de trabalho e com a rigidez das tarefas, vários são os elementos que condicionam a dimensão organizacional do conceito desporto, qualquer que seja o modelo existente. A velocidade (a necessidade de formação constante), a comodidade (dos clientes), as “ondas” etárias, a escolha, os estilos de vida, a tecnologia, a qualidade, o serviço individualizado, o “acrescentar valor” e o “discounting” (ofertas com contrapartidas), são alguns desses elementos.

 Mas também não poderemos esquecer ou descurar os factores de desenvolvimento desportivo, que se referem ao conjunto de meios, actividades ou programas, que combinados de forma equilibrada e estável, contribuem para um efectivo desenvolvimento do desporto. A actividade, a orgânica, a promoção, a informação, as instalações, o financiamento, os recursos humanos a legislação e a gestão são apenas alguns desses factores que convém referir e que facultam dados precisos sobre onde está o desporto e para onde caminha.

Como bem refere a esse respeito Pires (1995) “é necessário controlar o futuro do desporto, sob pena do desporto não vir a ter futuro nenhum”.


Muitas definições existem deste conceito, contudo a que mais abrangente e simples se torna é a do Conselho da Europa (1993), pois Desporto pode ser algo ambíguo, de recreação e lazer, mas também algo de muito concreto e de alto nível. Daí estes conceitos na Europa poderem gerar diferentes perspectivas do que é desporto, da sua importância e do seu papel no desenvolvimento da sociedade e das economias locais. Pois sabe-se que o desporto de forma directa ou indirecta gera receitas importantes para a economia nacional de um país, empregos, ocupação de grupos de risco (no papel preventivo), promoção local e promoção internacional do país.
http://www.forumolimpico.org/content/valor-do-desporto

domingo, 4 de janeiro de 2015

Transcendence







Texto 1 - ‘Transcendence’: a transcendência/destruição da humanidade?

Transcendence seria mais um filme de ficção científica se não fosse baseado quase que completamente na vida do cientista Ray Kurzweil, famoso pelas suas previsões sobre o futuro tecnológico e por estudos nas áreas da genética, nanotecnologia, robótica e inteligência artificial.
No filme, Johnny Depp, interpreta o cientista Will Caster, que é, de facto, uma versão cinematográfica de Kurzweil.
Will Trabalha num dos mais polémicos estudos de Kurzweil, “A Transcendência Biológica” ou “singularidade”, três grandes revoluções resumidas na sigla GNR – G de genética ou biotecnologia, R de reprogramação biológica e N de nanotecnologia, que visa criar dispositivos inteligentes microscópicos capazes de circular dentro dos nossos corpos reprogramando e interagindo com as células, dando origem à primeira inteligência artificial real.

“É um período futuro em que as mudanças tecnológicas, serão tão rápidas e os seus efeitos tão profundos, que todos os aspectos da vida humana serão, irreversivelmente, transformados. Não haverá uma distinção entre humanos e máquinas.” Ray Kurzweil

Além dos conceitos propostos, a história explora algo ainda mais profundo. O que define a nossa existência, a nossa humanidade? A matéria/corpo? ou a mente/alma?
Se defendermos que o que define a nossa humanidade é a alma/mente, como Descartes concluiu no século XVII, só temos consciência da nossa existência quando pensamos. O corpo não passaria, então, de um instrumento da mente.  
Sendo assim, se for possível manter a alma intacta é possível projetar novas formas de “estar no mundo”, através da tecnologia, criando novos suportes tecnológicos para a alma, abrindo novos horizontes de expansão à inteligência.
Os corpos deixariam de estar sujeitos à doença, podendo ser recriados se se deteriorassem ou danificassem. À mente abrir-se-ia a possibilidade da imortalidade. O Homem transformar-se-ia em Deus: poderia criar novas formas de vida e curar o próprio planeta, já tão massacrado pelo progresso tecnológico...
http://atomicfair.tumblr.com/post/93125211445/filme-transcendence (Texto adaptado)

Texto 2 - O progresso tecnológico é humanamente sustentável?

No filme este sonho redentor acaba em catástrofe: a nova inteligência nascida do upload da mente de Will Caster para um computador, em vez de trazer a solução de todos os problemas da humanidade, transforma-se no pior dos pesadelos. Essa mente infinitamente mais poderosa do que a mente humana ameaça tornar-se numa mente planetária que rapidamente acabaria por se tornar única, ao absorver todas as outras mentes.
Para travar este colossal processo de destruição da humanidade (da individualidade que é, no fundo, a base da vida pessoal a que podemos chamar com propriedade ‘humana’) há que destruir a rede informática que alimenta essa inteligência monstruosa e omnívora. O que resta é uma sociedade que regrediu a um estádio de desenvolvimento pré-tecnológico, sem Internet ou electrónica.
Há quem defenda que a humanidade só poderá travar o seu fim inevitável se desistir do progresso tecnológico. A destruição atual dos ecossistemas deste nosso planeta à beira da ruptura a isso obrigaria de forma urgente e inevitável.
Do outro lado da ‘barricada’ estão os que defendem que a tecnologia é a solução: um dia virá em que o progresso tecnológico trará as respostas de que necessitamos. Se a poluição e todos os problemas causados pela destruição do ambiente são o resultado do progresso tecnológico, então será esse progresso a reparar os seus danos. A ciência é a única via para a descoberta de soluções viáveis e a tecnologia, o único instrumento acessível aos seres humanos para operar essa reparação.
E é face a este dilema que se coloca o problema do desenvolvimento sustentável: no estado atual da civilização não é possível abdicar do progresso tecnológico, simplesmente não poderíamos viver ser eletricidade, as vacinas, os antibióticos, a Internet, os automóveis, e tudo o mais que sustenta o nosso modo de vida. Parar de poluir é impossível, isso teria custos incomportáveis.
Por outro lado, confiar que o progresso tecnológico trará a solução e não fazer nada para mitigar os problemas, é jogar um perigoso jogo de roleta russa com a história, um dia podemos colher o que semeámos na nossa insensatez.
Só nos resta o conhecimento e a ação orientada pelo conhecimento: temos que agir com sabedoria. O que implica a coragem de abdicarmos de algumas coisas que temos como garantidas, para podermos ter futuro, nós e as gerações por vir.
Talvez a ideia insana de um progresso indefinido, cada vez mais galopante, tenha que dar origem a uma reflexão sobre o que ganhámos e o que perdemos nos últimos três séculos. A ideia de que a economia tem que crescer continuamente talvez tenha que ser substituída por um conceito de economia centrado nos valores humanos (ou espirituais). A quem está a beneficiar a atual criação de riqueza? As nações? Alguns indivíduos? As grandes corporações trans e multinacionais?
O crescimento da economia baseado no depauperamento do planeta é verdadeiramente um ‘crescimento’? E como se conseguiria criar uma economia ‘humana’?

Texto 3 - A Singularidade

A maioria das pessoas está familiarizada com lei de Moore, que diz que o desempenho dos processadores dos computadores vai dobrar a cada 18 a 24 meses, de alguma forma ou de outra, mas poucos refletem sobre as implicações disto. Se assumirmos que as tendências atuais vão continuar, podemos extrapolar algumas previsões:

2020 - Um computador pessoal com o poder de processamento do cérebro humano estará em funcionamento;

2045 - Um computador pessoal com o poder de processamento de todos os cérebros humanos no planeta estará em funcionamento;

O inventor e futurista Ray Kurzweil postulou que em algum momento no futuro, uma "singularidade" tecnológica irá ocorrer, semelhante à singularidade no centro de um buraco negro previsto pela física. Este é o ponto no qual o progresso tecnológico, se representado num gráfico, se torna essencialmente uma linha vertical. Mas como é que isso ocorre de repente?
Kurzweil prevê que uma vez que um computador seja criado com o poder de
processamento do cérebro humano (o hardware do cérebro), é possível programar o computador para pensar como o fazemos, replicando a rede neural em nossos próprios cérebros para o circuito do computador (o software do cérebro). Temos, então, um computador que, para todos os intentos e propósitos, é igual a nossos próprios cérebros. Seria ele capaz de falar connosco, sentir e pensar originalmente, como fazemos? Provavelmente sim. Mas ele seria consciente? Ele estaria ciente da sua própria existência? Bem, isso é um assunto mais complicado...
Agora, imagine que um ano ou dois depois deste primeiro computador "cérebro" ter sido criado, os computadores praticamente dobravam novamente o seu poder de processamento. Um segundo computador seria então criado, mas este seria duas vezes mais potente que o nosso próprio cérebro. Isto dá-lhe duas vezes a capacidade de raciocinar, de pensar originalmente, de imaginar e criar. Seria capaz de fazer novas descobertas científicas, criar novas tecnologias ou melhorar as já existentes e, mais importante ainda, melhorar-se duas vezes mais rápido do que um ser humano. Podemos então deixar o computador construir um terceiro 'cérebro' pouco depois, este mais capaz de se aprimorar por si mesmo, e assim por diante.
Isto torna-se um loop de auto-reforço, com progressos cada vez maiores, e em espaços de tempo cada vez menores. Dentro de talvez apenas alguns meses, mais progresso é feito do que nos últimos 100 anos. Dentro de alguns anos o poder de processamento de um único computador poderá ser 10 triliões de vezes mais poderoso do que todos os cérebros humanos na Terra!
http://blog.thezeitgeistmovement.com/pt-br/blog/daniel-hurt/singularidade-tecnol-gica-e-ascens-o-da-m-quina (Texto adaptado)



Atividades:

1. Elabore uma lista de questões/problemas relacionados com os temas abordados no filme. A lista deve ser exaustiva.

2. Escolha as 3 questões que considera mais importantes.

3. A ser possível, a experiência realizada por Will Caster poderia ter resultado? Porquê?

4. Elabore um mapa conceptual que articule os conceitos explorados nos textos desta ficha.












Trabalho de grupo sobre a Arte

O que é a arte by paulofeitais on Scribd                            Teorias estéticas from Paulo Gomes Trabalho de grupo:...