quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Prometheus

Prometheus e a Busca da Iluminação

Na mitologia grega, Prometeu é um titã, a raça de divindades que vieram antes dos deuses do Olimpo. Ele roubou o fogo dos deuses para dá-lo à humanidade – um ato que levou ao progresso e à civilização. Para realizar o ato de trazer fogo (um símbolo do conhecimento divino) para a humanidade, Prometeu tornou-se uma figura importante na mitologia das escolas de mistério, como a Maçonaria e Rosacrucianismo, que se baseiam no uso de conhecimento oculto, a fim de alcançar a divindade.

O equivalente judaico-cristão de Prometeu é Lúcifer, um “anjo caído” de grande inteligência, que no início era o favorito de Deus, depois desafiou Deus e trouxe uma nova forma de conhecimento para a humanidade. O nome Lúcifer é deriva do latim e significa “portador da luz”, que é exatamente o que Prometeu fez, trazendo a luz do fogo (do conhecimento) à Humanidade. 

No início da viagem espacial, o presidente da corporação que financia a missão dá um discurso sobre a importância da missão:

“O titã Prometeu queria colocar em pé de igualdade a humanidade com os deuses e por isso, ele foi expulso do Olimpo. Bem, meus amigos, a hora finalmente chegou para o seu retorno”.

No filme, Prometeu é o nome da nave espacial que transporta os seres humanos aos seus Engenheiros alienígenas. Ele representa simbolicamente seres humanos usando o “fogo” (conhecimento) que lhes foi dado para voltarem à divindade (seus criadores aliens) pelos seus próprios meios. Esta metáfora de iniciação espiritual é uma reminiscência das muitas histórias mitológicas encontradas ao longo da história que escondem um significado semelhantemente.

No entanto, as Escolas de Mistérios acreditam que a iluminação não é dada a todos, mas apenas a alguns poucos escolhidos e isso é apropriadamente refletido em ‘Prometheus’. No filme, todas as pessoas que estavam a bordo para fins egoístas, monetários ou inautênticos morreram. Só o quem estava lá por amor à verdade e com uma forte fé espiritual sobreviveu.

Além de Elizabeth, só sobreviveu David, o Andróide, um ser inteligente criado pelo homem - o que
não deixa de ser muito interessante: o homem é capaz dum ato divino ao criar seres inteligentes. Mas isso não faz do homem um ser divino em si, se com isso quisermos referir-nos a uma inteligência superior, iluminada por uma bondade sem limites. Na verdade os Engenheiros que os astronautas da nave Prometheus procuram também não sem nem bons nem perfeitos.

No final do filme, David fica sua cabeça cortada, mas, já que ele é um robô, as funções que ele registou continuam. Elizabeth pega na cabeça do robô e continua a sua busca, o que simbolicamente significa que ela precisa de intelecto puro e tecnologia para alcançar a iluminação

David tem grande capacidade intelectual, o que o leva a acreditar que ele é superior aos seus colegas humanos. Apesar deste facto, ele é, no entanto, fundamental para a busca de Elizabeth – uma sutil mensagem informando que o transumanismo é importante na evolução humana, uma crença da própria Elite.

No final do filme, David não entende por que é que Elizabeth deseja continuar a sua busca pelos seus criadores. A diferença é que ela tem uma alma e que ele não. É por esta razão que ela volta a colocar a cruz no pescoço. A sua busca não é simplesmente uma missão espacial, é uma peregrinação espiritual para descobrir de onde ela vem.

Na cena final do filme, Elizabeth decide não voltar para a Terra (representando a materialidade) e continua a procurar os Engenheiros (representando a iluminação e a divindade). A sua busca portanto, não acabou… e pode haver uma continuação


Conclusão

Enquanto a maioria dos espectadores provavelmente ficou com a convicção de que ‘Prometheus’ é um “filme decente sobre aliens”, poucos sabem do seu profundo significado e simbolismo. Inspirando-se na teoria dos antigos astronautas, ‘Prometheus’ propõe uma reconfiguração radical da história e da teologia, que faz da humanidade um produto de “deuses criadores” extraterrestres. O filme também mistura essa busca de conhecimento científico com as questões espirituais e metafísicas, tornando esta história não só sobre aliens furiosos, mas sobre questões existenciais sem fim.
Como o título do filme sugere, a história de seres humanos que vão para o espaço para encontrar os seus criadores tem um significado espiritual (esotérico) subjacente, e de como ela pode ser interpretada como uma metáfora para a iluminação espiritual. O titã Prometeu é uma figura central em escolas de mistério ocultistas, uma figura arquetípica de um “rebelde superior”, que trouxe o conhecimento divino para a humanidade – com todos os benefícios e as armadilhas que isso gera. As sociedades secretas ocultistas acreditam que esse conhecimento fornece o caminho de volta para a divindade. Da mesma forma que a nave Prometheus deixa a terra para encontrar os Engenheiros, o ocultismo iniciático mostra como deixar o plano material para atingir a iluminação e “ser um” com o que eles acreditam ser o “Grande Arquiteto do Universo”.
Dito isto, há alguma verdade nas muitas histórias e mitologias que se referem a uma figura divina que vem de cima para transmitir conhecimento à humanidade? Existe uma fonte “externa” para o conhecimento avançado e esotérico da humanidade? Houve uma vez uma “super-raça” como os Nefilins na Terra ajudando a humanidade a “desenvolver-se”, mas, finalmente, corrompendo-a? É este o “elo perdido” na evolução humana? É a razão pela qual a humanidade é auto-destrutiva e de alguma forma está fora de sincronia com o resto do planeta? Será que esta fonte exterior vem de aliens como sugerido em ‘Prometheus’ ou de anjos caídos e/ou demónios, como escrito em textos antigos? Será esta a fonte externa por trás dos ensinamentos das sociedades secretas e por trás… dos Illuminati?

Texto copiado aqui

Rever matéria do tema 1.2 (Módulo 01):


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Atividades:

1. Elabore uma lista de questões/problemas relacionados com os temas abordados no filme. A lista deve ser exaustiva.

2. Escolha as 3 questões que considera mais importantes.

3. Construa um mapa conceptual interpretativo do filme.

4. Elabore uma reflexão crítica sobre o filme.


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