quarta-feira, 3 de março de 2021

Os jornais

 


Os Jornais Desde sempre que o homem teve necessidade de comunicar. Por isso, desenvolveu inúmeras formas de comunicação, (fumo, tambores, luzes, etc.) e principalmente a linguagem. Mais tarde estas formas de comunicação foram desenvolvidas nas grandes civilizações antigas: – Sumérios, Egípcios… inventando uma nova forma de comunicação: a linguagem escrita. Esta foi muito importante para o desenvolvimento da humanidade e para o aparecimento dos meios de comunicação. Assim, o primeiro “jornal” de que se tem conhecimento remonta ao ano 59 a.C. Este surgiu em Roma e denominava-se “Acta Diurna”. Era uma forma de divulgar os acontecimentos mais importantes a todos cidadãos do império. No continente asiático, destacamos a China cujos primeiros jornais surgiram (sob a forma de boletins escritos à mão) em meados do século VIII. No entanto, a imprensa, tal como a conhecemos hoje, é muito mais tardia. Esta só foi possível graças à imprensa que Gutenberg inventou em 1447, inaugurando, assim, a era do jornal moderno. A invenção de Gutenberg possibilitou a disseminação dos ideais Renascentistas, assim como, a democratização do conhecimento e a livre circulação de ideias. Contudo, só em pleno século XVII é que os jornais começaram a surgir como publicações periódicas e frequentes. Os primeiros jornais modernos foram criados nos países da Europa ocidental (Alemanha, a França, a Bélgica e a Inglaterra). Esses traziam principalmente notícias da Europa e, raramente cobriam matérias nacionais. Nessa época, a censura estava implantada por toda a Europa. Assim, os jornais raramente podiam abordar eventos que pudessem incitar o povo a uma atitude de oposição. Em 1766, a Suécia tornou-se o primeiro país a aprovar uma lei que protegia a liberdade de imprensa. Em 1844, a invenção do telégrafo transformou a imprensa escrita. As informações passaram a ser transmitidas em minutos, permitindo relatos mais actuais e relevantes. Os jornais emergiam em sociedades do mundo inteiro. Os jornais, no século XIX tornaram-se o principal veículo de divulgação e recepção de informação. Neste século construíram-se gigantescos impérios editoriais cujos, os “donos” detinham enorme influência na indústria jornalística. Os jornais também ajudaram na divulgação de propaganda revolucionária. Com a rádio, modificou-se completamente o cenário dos media nos anos 20. A imprensa teve que repensar a sua função como principal fonte de informação da sociedade. Tinha-se instalado a ideia que a rádio destruiria a indústria de jornais. Assim, os editores renovaram os formatos e conteúdos dos seus jornais a fim de torná-los mais atraentes, aumentando também o volume dos textos para oferecerem uma cobertura mais ampla e de maior profundidade. No entanto, ainda não tinha terminado a adaptação à rádio, quando surge um novo concorrente de peso: a televisão. Entre 1940 e 1990, a circulação de jornais caiu exponencialmente. Contudo, a omnipresença da televisão não terminou com a Imprensa. Mas, o maior desafio para os meios de comunicação tradicionais ainda estava para chegar. Nos finais da década de noventa do século XX, com a proliferação dos computadores e da Internet surge uma nova revolução tecnológica. Nunca houve tanta quantidade de informação disponível, em tantos sítios diferentes, de uma forma tão simples e para tantas pessoas. O volume e a actualização da informação na Internet não têm paralelo com qualquer outro meio de comunicação, mas isso não decretou o fim da importância dos jornais. Os jornais em papel continuam a possuir um importante papel para todas as classes e continua a afetar as nossas vidas e a ser consumido diariamente por milhões de pessoas. https://imediajim.wordpress.com/2008/04/03/imprensa-no-mundo/ Os jornais em Portugal



“A Gazeta de Lisboa nasceu em 1641 (o segundo diário, mais antigo na Europa). Este foi o primeiro jornal português, a ser publicado com alguma regularidade.

Contudo, a verdadeira implementação na imprensa portuguesa, só se efectiva no século XIX. Foi impulsionada pela revolução liberal de 1820, que veio anular a censura e a pressão exercida pelo Estado e pela Inquisição.

Mais tarde, ainda em pleno regime monárquico, surgem jornais como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e o Comércio do Porto.

Após, este breve período de liberdade de imprensa, em 1926, com o golpe de estado militar que pôs fim à primeira república, foi restituída a censura. A imprensa só voltaria a ser livre pós 25 de Abril de 1974.

Durante o período ditatorial, houve uma enorme repressão da impressa em Portugal. Tudo o que saía nos jornais era controlado pelos censores. Isto, a juntar com a extrema analfabetização da população e o elevado preço das publicações, levou a uma enorme dificuldade da implementação da imprensa no nosso país. Tarefa ainda mais dificultada, devido ao aparecimento da televisão nos anos sessenta.

Assim, só a partir do 25 de Abril de 1974, através de políticas de escolarização da população, com o regresso da liberdade de expressão e com uma abertura de mercado, é que foi possível um maior desenvolvimento da imprensa.

Contudo, estas políticas só se reflectiram mais eficazmente no mercado, a partir da década de oitenta, devido a várias incongruências ao nível das tendências ideológico-políticas e a nacionalização massificada dos media, (tendência que só foi revertida nesta década).

Assim, verifica-se uma nova revolução na política aplicada à imprensa. Com as privatizações na imprensa surge um aumento exponencial dos títulos no mercado. Os jornais especializados começam a expandir-se. Surgindo os títulos mais informativos, consolidando-se o estilo popular-sensacionalista, as revistas dedicadas ao público feminino e as publicações temáticas especializadas.

Estas publicações eram acessíveis, tinham uma linguagem simples e reflectiam sob assuntos que estavam dentro dos interesses da população. O facto dos portugueses terem interesses tão vastos e tão díspares revela um maior índice cultural e uma escolarização mais abrangente. Alguns estudos revelam que as revistas popular-sensacionalistas e os jornais informativos são as publicações mais consumidas pelos portugueses. O facto de serem tipos de publicações tão diferentes revela dois tipos de público em Portugal: um virado para o sensacionalismo, com uma instrução mediana, ligado às classes médias; o outro virado para a informação isenta, ligado às classes mais altas escolarizadas.

Os hábitos de leitura dos portugueses estão a alterar-se, e isto verifica-se no número e variedade dos títulos atualmente existentes no mercado nacional, e no aumento exponencial que em geral todos os tipos de publicações sofreram ao longo das últimas décadas.”

https://imediajim.wordpress.com/2008/05/04/a-imprensa-em-portugal/


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