sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Invictus



Texto 1
Invictus

De dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que possam existir
pela minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
A minha cabeça sangra, mas continua erguida

Para lá deste lugar de lágrimas e ira,
Nada mais se vê que os horrores da sombra.
Mas mesmo assim a ameaça dos anos,
Encontra-me e encontrar-me-á, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino:
Eu sou o capitão de minha alma.
William Ernest Henley




Texto 2
Introdução ao filme ‘Invictus’

“Durante o tempo em que esteve na prisão de Robben Island, Nelson Mandela encontrou no poema "Invictus", a força necessária para continuar vivo e manter acesa a chama da luta contra a desigualdade instituída pelo regime do Apartheid.
Escrito pelo poeta inglês William Ernest Henley em 1875, o poema foi o grande companheiro de Mandela na pequena cela 4 da ala B de Robben Island. Condenado a trabalhos forçados, foi na cadeia localizada numa ilha a 11 quilómetros da Cidade do Cabo, que o líder da luta contra o Apartheid passou 18 dos 27 anos que esteve preso. Mandela contou que, cada a vez que fraquejava, lia e relia o poema para aplacar o sofrimento e encontrar forças para seguir em frente.
‘Invictus’ também é o título do filme realizado por Clint Eastwood, que conta a história da conquista do título mundial de Rugby pela seleção da África do Sul durante o Campeonato Mundial realizado naquele país. Durante a competição, Mandela entrega o poema ao capitão da seleção sul-africana, para motivá-lo a ganhar a competição. O então presidente percebia que a vitória poderia unir o país, que ainda enfrentava a segregação racial.”
Texto copiado daqui










Texto 3
Comentário do filme ‘Invictus’
"O amor da democracia é o da igualdade."
Barão de Montesquieu

Vi novamente o filme "Invictus" (2009), uma história real sobre o início do governo de Nelson Mandela. Confesso que me emocionei tanto quanto da primeira vez. Este filme é baseado no livro "Conquistando o Inimigo" de John Carlin. O "inimigo" de Mandela neste caso era a poderosa minoria "branca" da África do Sul.
Ouvimos muito sobre o regime do Apartheid, mas vendo o filme, ele ganha uma nova dimensão e conseguimos parcialmente imaginar o quão desafiador o trabalho do Presidente Nelson Mandela foi, especialmente logo após ser eleito. Ele teve que encarar o desafio de implantar um regime democrático num país completamente dividido e à beira de uma guerra civil.
Através do rugby, Mandela inicia algo aparentemente impossível: estabelecer a união de uma nação tão dividida e aparentemente "diferente".
Algumas frases do Mandela ecoaram na minha alma e espero poder um dia viver como ele, sem mágoa em relação aos que o prejudicaram (esteve 27 anos preso) e principalmente sem nunca desistir dos seus sonhos e desafios.
O Apartheid (‘separação’) foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pela minoria branca. A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor", e "indianos").
Nessa altura, o governo segregou a saúde, a educação e os outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos.
O apartheid trouxe violência e um significativo movimento de resistência interna, bem como um longo embargo comercial contra a África do Sul. Uma série de revoltas populares e protestos levaram à repressão violenta da oposição e à detenção de líderes anti-apartheid.
Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a crescente oposição, e em 1990 o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o Apartheid, o que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994, que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela.
Algumas palavras de Nelson Mandela:
“O perdão liberta a alma. Ele remove o medo. Por esta razão é uma "arma" tão poderosa.”
"Ninguém nasce a odiar outra pessoa pela cor da sua pele, pela sua origem ou ainda pela sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam de aprender, e se podem aprender a odiar, também podem ser ensinadas a amar."

Texto copiado daqui


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Trabalho de grupo
Primeira Parte:
I – Com base nos textos desta ficha, elaborem uma reflexão crítica sobre o filme ‘Invictus’, desenvolvendo os seguintes tópicos:
  a) A importância da igualdade em democracia;
  b) A necessidade da luta contra o racismo e todas as formas de intolerância;
  c) Uma análise do poema ‘Invictus’;
  d) Resposta à questão: O que é que o exemplo de Nelson Mandela nos ensina sobre a forma como nos devemos comportar enquanto seres humanos?
Data de conclusão da reflexão crítica: 19/02/21.

Segunda Parte:
Com base na reflexão crítica, elaborar uma apresentação (em PowerPoint, Google Slides, Prezi, ou noutro suporte) que servirá de base a uma exposição oral do grupo, numa aula síncrona. 
Início das apresentações orais: 24/02/21.
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Como fazer?

Uma reflexão crítica é um texto em que se faz a análise de um documento, experiência ou situação, com o objetivo de retirar daí um conjunto de ensinamentos que possam enriquecer os conhecimentos do autor da reflexão e dos seus leitores. Não se trata de procurar os pontos negativos do que se pretende analisar, mas encontrar aí ideias (problemas, conceitos teses, argumentos, factos) que possam ser explorados de forma autónoma e coerente.
O autor da reflexão deve dar a sua opinião sobre os elementos sujeitos a análise, com vista a mostrar qual o seu ponto de vista sobre esses elementos, procurando questionar-se sobre os temas mais importantes para conseguir explicitar o seu pensamento sobre o objecto da sua reflexão crítica.
Assim, a reflexão crítica pode ter a seguinte estrutura:
                1. Introdução: breve apresentação daquilo que é objeto da reflexão crítica (neste caso, o filme). Deve ficar explícito o tema central (e/ou problema central) do objeto de reflexão. E deve ser feita uma descrição breve do mesmo.
            2. Análise dos conceitos que estão presentes no objeto da reflexão. Esses conceitos devem ser definidos, se possível com recurso a dicionários, 
          3. Problematização: devem levantar-se questões sobre os conceitos e a forma como eles são apresentados.
             4. Argumentação: deve responder-se às questões tendo em conta os dados recolhidos pela análise do objeto da reflexão (o filme), bem como a opinião do autor da reflexão, fundamentada com argumentos coerentes.
              5. Conclusão: síntese final do pensamento desenvolvido nos pontos 3 e 4.

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Para explorar:


O exemplo de Nelson Mandela:


O que era o Apartheid?

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